Revista da Defensoria Pública da União https://revistadadpu.dpu.def.br/ <p>A&nbsp;Revista&nbsp;da Defensoria Pública da União é editada desde 2009, e visa fomentar e disseminar conhecimento afeto à Defensoria Pública, à promoção dos Direitos Humanos e ao acesso à justiça.</p> <p>&nbsp;</p> <!-- Global site tag (gtag.js) - Google Analytics --> <p>&nbsp;</p> <!-- Global site tag (gtag.js) - Google Analytics --> <p>&nbsp;</p> Escola Nacional da Defensoria Pública da União pt-BR Revista da Defensoria Pública da União 1984-0322 <p>A. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação;&nbsp;</p> <p>B. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;</p> <p>C. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após a publicação;</p> <p>D. Autores declaram que o artigo é inédito e de sua autoria;</p> <p>E. Autores aceitam os prazos e regras editoriais da Revista da DPU.</p> <table id="esconder" style="display: none;"> <tbody> <tr> <th><a title="compartilhar”" href="https://api.whatsapp.com/send?text='.$_SERVER['SERVER_NAME'].' "> <img src="/esdpu/ojs/public/site/images/deivid/21.png"></a></th> <th><a title="compartilhar”" href="https://www.facebook.com/sharer/sharer.php"><img src="/esdpu/ojs/public/site/images/deivid/31.png"></a></th> <th><a title="compartilhar”" href="https://www.facebook.com/sharer/sharer.php"><img src="/esdpu/ojs/public/site/images/deivid/11.png"></a></th> <th><a title="compartilhar”" href="https://twitter.com/intent/tweet"><img src="/esdpu/ojs/public/site/images/deivid/4.png"></a></th> </tr> </tbody> </table> Os desafios da implementação da sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos no caso Empregados da fábrica de fogos de Santo Antônio de Jesus https://revistadadpu.dpu.def.br/article/view/590 <p>O presente artigo tem como objetivo investigar os problemas relacionados ao cumprimento das sentenças da Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH), especialmente no caso Empregados da fábrica de fogos de Santo Antônio de Jesus vs. Brasil, no sentido de tentar extrair, dessas decisões, a máxima proteção aos direitos humanos. O interesse nessa discussão permanece atual uma vez que ainda não foi aprovada legislação específica que regulamente a execução de sentença internacional no Brasil. A inexistência de regras de implementação torna o cumprimento das sentenças suscetível aos sabores do empirismo e da improvisação, o que pode impactar a própria implementação das decisões e a credibilidade do sistema. O presente artigo se apoiará em experiência de campo para verificar os problemas apontados pela doutrina e analisar as novas experiências da atuação prática. Com essa abordagem, pretende-se buscar soluções para um problema concreto com enfoque propositivo.</p> Gabriel Cesar dos Santos Copyright (c) 2023 Revista da Defensoria Pública da União http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-12-20 2023-12-20 20 20 135 159 10.46901/revistadadpu.i20.p135-159 A evolução dos direitos da pessoa com deficiência no histórico constitucional brasileiro https://revistadadpu.dpu.def.br/article/view/611 <p>O presente trabalho tem por objetivo discorrer sobre a evolução do sistema de normas destinado às pessoas com deficiência no Brasil, mediante a análise das Constituições brasileiras no decorrer da história. A Constituição de 1988 destaca a igualdade material, de modo a garantir uma efetiva equiparação entre indivíduos, o que inclui as pessoas com deficiência, e veda quaisquer manifestações discriminatórias. Entretanto, outras Constituições nem sequer mencionavam os direitos das pessoas com deficiência, a exemplo da Constituição de 1824. No âmbito infraconstitucional, a proteção e a inclusão social das pessoas com deficiência estão dispostas em inúmeras leis do ordenamento jurídico brasileiro, como a Lei nº 13.146/2015, nomeada como Estatuto da Pessoa com Deficiência. Tais dispositivos legais são executados e efetivados por meio de políticas públicas destinadas à consecução da acessibilidade. Embora as normas e políticas públicas preconizem a diminuição de barreiras e obstáculos em diversos âmbitos da vida das pessoas com deficiência, estas ainda estão em posição desigual na sociedade contemporânea. Assim, a problemática do estudo advém das dificuldades vividas pelas pessoas com deficiência em terras brasileiras, a despeito das leis e ações governamentais que asseguram a devida inclusão social. Para a concretização da análise, serão exploradas todas as Constituições brasileiras, as normas infraconstitucionais, os tratados internacionais e as políticas públicas sobre o tema da pessoa com deficiência. Por derradeiro, serão apresentadas propostas para amplificar a inclusão social das pessoas com deficiência na sociedade brasileira.</p> Clarice Corbella Castelo Branco Copyright (c) 2023 Revista da Defensoria Pública da União http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-12-20 2023-12-20 20 20 161 186 10.46901/revistadadpu.i20.p161-186 A decretação da prisão temporária conforme a interpretação do Supremo Tribunal Federal: notas centradas na ADI n.º 4.109/DF https://revistadadpu.dpu.def.br/article/view/615 <p>Pretende-se apresentar comentários acerca dos reflexos do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) n.º 4.109/DF no quadro da disciplina da prisão temporária. Entende-se, como resultado do caso estudado, que há uma repercussão pró-futuro da decisão na investigação criminal, afetando todos os atores que operam na fase pré-processual. Como conclusão, sustenta-se que houve reafirmação de direitos fundamentais no caso, com a fixação de balizas interpretativas para a readequação do uso do instituto da prisão temporária.</p> Mártin Marks Szinvelski Copyright (c) 2023 Revista da Defensoria Pública da União http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-12-20 2023-12-20 20 20 269 278 10.46901/revistadadpu.i20.p269-278 A legitimidade jurídica de atuações paradiplomáticas de órgãos públicos cuja atuação típica seja diversa da diplomática: o caso das cooperações internacionais da Defensoria Pública da União no âmbito da assinatura de Memorando de Entendimento https://revistadadpu.dpu.def.br/article/view/672 <p class="Default" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 13.0pt;">Tendo em vista que a defesa e a efetivação dos direitos humanos são incompatíveis com fronteiras e que, por outro lado, é difícil imaginar a estruturação político-jurídica de um país hodiernamente sem que haja fronteiras, surge um aparente paradoxo. Como possível solução conciliatória temos a diplomacia. Entretanto, demandas cada vez mais complexas e urgentes propiciam o surgimento da “paradiplomacia”. Dentro desse contexto, o presente artigo pretende investigar a legitimidade jurídica de atuações “paradiplomáticas” de órgãos públicos cuja atuação típica seja diversa da diplomática. No caso, será analisada a Defensoria Pública da União (DPU) e seus acordos de cooperação internacional, tendo como recorte um Memorando de Entendimento firmado com o Paraguai. Além de pesquisa doutrinária, abrangendo livros e artigos, houve a realização de uma entrevista sobre o assunto com o Defensor que assinou o Memorando na época. Confirmada a legitimidade jurídica nacional e internacional, serão analisadas as limitações da atuação internacional do órgão tendo como perspectiva as atribuições do Ministério das Relações Exteriores. E a importância das limitações serão evidenciadas, por exemplo, na demonstração dos riscos da “protodiplomacia”.</span></p> Karina Angelim Pires Domingues Copyright (c) 2023 Revista da Defensoria Pública da União http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-12-20 2023-12-20 20 20 235 266 10.46901/revistadadpu.i20.p235-266 O controle de escolhas administrativas no Brasil: nova perspectiva para a prossecução do interesse público https://revistadadpu.dpu.def.br/article/view/552 <p class="LO-normal" style="margin-right: 5.55pt; text-indent: 0cm; line-height: normal;">O presente artigo versa sobre a ampliação do controle da discricionariedade administrativa na gestão pública brasileira, abordando o tema sob o pressuposto da globalização, do pluralismo e da necessidade de institucionalização de mecanismos para racionalizar o atendimento do interesse público subjacente aos fins estatais. No curso da pesquisa, registra-se o esforço doutrinário e institucional dedicado ao atendimento da referida demanda, a partir de um programa de gestão pública baseado em três pilares fundamentais, a saber: controle social, gestão de riscos e administração com ênfase em resultados práticos (“consequencialismo”). De maneira central, a pesquisa dedica-se ao estabelecimento de uma compreensão sistematizada sobre cada um dos citados pilares, caracterizando suas premissas teóricas elementares, os seus contornos dentro do ordenamento jurídico, assim como o acervo de métodos, ferramentas e perspectivas disponibilizado para efetuar o controle da discricionariedade administrativa. Sob o ângulo metodológico, a pesquisa é de natureza aplicada, assumindo objetivos descritivos, com suporte em levantamento bibliográfico e documental, análise quantitativa de dados e método de abordagem dedutivo.</p> <p class="Standard" style="margin-right: 5.55pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 13.0pt; font-family: 'Times New Roman',serif;"> </span></p> Gabriel Thompsen Niemczewski Copyright (c) 2023 Revista da Defensoria Pública da União http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-12-20 2023-12-20 20 20 189 215 10.46901/revistadadpu.i20.p189-215 Administração pública, controle sanitário e vacinação: desafios constitucionais na pandemia de Covid-19 https://revistadadpu.dpu.def.br/article/view/633 <p>A pandemia de Covid-19 trouxe uma série de desafios à saúde e à administração públicas, não raro demandando a atuação urgente dos poderes públicos em geral e da jurisdição constitucional, em particular, para se buscarem respostas às novas e súbitas necessidades. Entre as questões de mais complicado deslinde, requerendo a ponderação cuidadosa e célere acerca dos direitos fundamentais em conflito, a vacinação trouxe à tona aspectos especialmente variados e interdisciplinares, como a alocação de recursos escassos, o embate entre segurança e efetividade de insumos e decisões, assim como entre liberdade e compulsoriedade de condutas em que orbitem interesses públicos e privados. O texto procura analisar as respostas desenvolvidas pelo ordenamento jurídico nesse contexto, como parte relevante dos aprendizados advindos do momento pandêmico, utilizando-se, para tal, de metodologia de pesquisa exploratória e revisão teórica, bibliográfica, a partir de análise legislativa, jurisprudencial e de obras doutrinárias pertinentes ao tema. Obtém-se como resultado a constatação do importante papel exercido pelo Judiciário no período, na efetivação e vigilância dos direitos constitucionais envolvidos.</p> Maria Elisa Villas-Bôas Copyright (c) 2023 Revista da Defensoria Pública da União http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-12-20 2023-12-20 20 20 217 232 10.46901/revistadadpu.i20.p217-232 A Defensoria Pública, os três obstáculos ao acesso à justiça e a promoção dos direitos humanos https://revistadadpu.dpu.def.br/article/view/621 <p>O fortalecimento dos direitos fundamentais no Estado Democrático de Direito consolidou-se no Brasil com a criação da Defensoria Pública pela Constituição Federal de 1988, que adotou modelo de abrangência nacional para organizar a prestação dos serviços de assistência jurídica integral e gratuita, com uma crescente ampliação em seu espectro de atuação a favor da defesa dos direitos humanos e de indivíduos e grupos vulneráveis. O objetivo do texto é analisar como o modelo adotado pelo Constituinte brasileiro de assistência jurídica foi capaz de contornar os três obstáculos ao acesso à justiça e, de tal modo, acabou por fortalecer a atuação da Defensoria Pública como promotora dos direitos humanos. Utiliza-se como procedimento metodológico a pesquisa bibliográfica, e o método de abordagem é o dedutivo bibliográfico. Por fim, a perspectiva de abordagem é qualitativa, já que envolve informações descritivas.</p> Renato Tavares de Paula Copyright (c) 2023 Revista da Defensoria Pública da União http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-12-20 2023-12-20 20 20 89 110 10.46901/revistadadpu.i20.p89-110 Além do problema da mentira: dois desafios para a justiça criminal sustentada em testemunho https://revistadadpu.dpu.def.br/article/view/663 <p>Os agentes criminais, desde policiais a juízes, vêm enfrentando a temática das dificuldades relacionadas à colheita de testemunhos, como o desafio de descobrir quando uma testemunha está mentindo e, por isso, não deve receber crédito pelo que diz. Neste artigo concede-se atenção a dois outros problemas referentes à obtenção de informações via testemunhas que não se resumem à discussão sobre mentiras: o decorrente das testemunhas que dizem aquilo que creem ser verdadeiro, mas na realidade é falso; e o decorrente das disfunções de concessão de credibilidade cometidas por agentes criminais, que obscurecem a verdade até mesmo em cenários nos quais ela é dita. Ao se apresentar tais problemas, demonstrar-se-á também a inadequada noção que vem sendo costumeiramente trazida para conceituar a própria palavra “mentira”.</p> Michael Guedes Copyright (c) 2023 Revista da Defensoria Pública da União http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-12-20 2023-12-20 20 20 111 132 10.46901/revistadadpu.i20.p111-132 Redemocratização na Argentina e no Brasil: da Operação Condor ao Sistema Interamericano de Direitos Humanos https://revistadadpu.dpu.def.br/article/view/704 <p>A presente investigação objetiva descrever os modelos de construção do processo de redemocratização da Argentina e do Brasil, a partir da discussão sobre as “Leis de Anistia” e suas consequências nos respectivos países, fazendo uma análise de direito comparado, que se justifica por serem as duas repúblicas inseridas no mesmo contexto histórico da Operação Condor. O marco teórico utilizado é o do constitucionalismo sul-americano, e o resultado é a observação de que a forma como os países lidaram com o tema determinou a observância do tratamento hierárquico das regras de Direito Internacional dos Direitos Humanos em âmbito nacional ou interno.</p> Carolina Cyrillo Copyright (c) 2023 Revista da Defensoria Pública da União http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-12-20 2023-12-20 20 20 21 37 10.46901/revistadadpu.i20.p21-37 A ditadura e o campesinato: busca da verdade, da memória e da reparação no caso Pedra Lisa/RJ https://revistadadpu.dpu.def.br/article/view/689 <p>O presente artigo pretende demonstrar a importância da busca da verdade, da memória e da reparação dos camponeses de Pedra Lisa, zona rural da Baixada Fluminense, no estado do Rio de Janeiro, atualmente situada no município de Japeri. Para a compreensão do raciocínio construído ao longo do texto, são tecidas considerações sobre o conceito de justiça de transição e como o processo transicional se deu no Brasil, evidenciando a dificuldade do Estado brasileiro em romper com o passado. Ademais, apresentam-se dados da Comissão Nacional da Verdade em contraste com dados fornecidos pela Comissão Camponesa da Verdade e com pesquisa realizada para a Comissão Estadual da Verdade no Rio de Janeiro sobre as perseguições aos camponeses durante o regime ditatorial. Por fim, o trabalho explora o procedimento administrativo da Comissão de Anistia como uma via para a concretização dos direitos à verdade, à memória e à reparação coletiva no caso de Pedra Lisa, considerando a importância do reconhecimento das violações pelo Estado para que o passado nunca se repita.</p> Maria Clara Pinho Valente Luana Mariani de Aguiar Furtado Gabriel Souza Bastos Thales Arcoverde Treiger Copyright (c) 2023 Revista da Defensoria Pública da União http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-12-20 2023-12-20 20 20 39 67 10.46901/revistadadpu.i20.p39-67 O caso “Carlinhos Metralha” e a alavancagem do mecanismo transicional dos julgamentos dos crimes da ditadura militar no Brasil https://revistadadpu.dpu.def.br/article/view/690 <p>O presente estudo tem por objetivo avaliar as perspectivas para a alavancagem do mecanismo transicional dos julgamentos e para a sanção dos responsáveis por crimes cometidos durante a ditadura militar no Brasil. Nesse sentido, tem-se como ponto de partida a decisão condenatória de primeiro grau, proferida em 2021, de Carlos Alberto Augusto, também conhecido como Carlinhos Metralha, ex-agente da repressão estatal, pelo crime de sequestro e cárcere privado do ex-fuzileiro naval Edgar de Aquino Duarte, em 1971. Assim, busca-se avaliar se a referida decisão, a primeira condenação por crimes cometidos durante os anos de chumbo no Brasil, poderá ter o condão alterar quadro em que juízes e tribunais pátrios se escudam na Lei de Anistia brasileira para obstaculizar a persecução penal daqueles que, em nome do Estado, perpetraram graves violações aos direitos humanos.</p> Ronald Menezes Copyright (c) 2023 Revista da Defensoria Pública da União http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-12-20 2023-12-20 20 20 69 85 10.46901/revistadadpu.i20.p69-85