Um direito penal desafiado pelo desenvolvimento tecnológico: alguns exemplos a partir das neurociências e da inteligência artificial

Autores/as

  • Susana Aires de Sousa

DOI:

https://doi.org/10.46901/revistadadpu.i14.p21-37

Palabras clave:

Acesso à justiça e novas tecnologias

Resumen

O avanço do conhecimento científico e da tecnologia tem colocado sobre tensão algumas categorias e princípios que conformam o direito e o processo penal. Este texto procura elencar alguns desafios lançados pelo desenvolvimento das neurociências e das técnicas de inteligência artificial no contexto da teoria do crime e da teoria do processo. Num primeiro momento, atende-se aos conceitos de causalidade e culpabilidade; num segundo momento, centrado sobre a teoria do processo, abordam-se novas formas probatórias e de avaliação de risco em processo penal, evidenciando-se a necessidade de estabelecer critérios de admissibilidade deste conhecimento novo, qualificado como científico. Conclui-se com uma advertência, implicitamente contida em toda esta problemática, sobre a silenciosa transformação do direito penal do facto num possível direito penal do agente “diagnosticado” como perigoso ou de “elevado risco”.

Biografía del autor/a

Susana Aires de Sousa

Universidade de Coimbra, Instituto Jurídico da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Professora auxiliar, com nomeação definitiva, da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Investigadora do Instituto Jurídico da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Senior Fellow do Carol and Lawrence Zicklin Center for Business Ethics Research, da Wharton School da Universidade de Pensilvânia (EUA). Doutora em Ciências Jurídico-Criminais pela Universidade de Coimbra. Mestre em Ciências Jurídico-Criminais pela Universidade de Coimbra. https://apps.uc.pt/mypage/faculty/susanaas

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Publicado

18-12-2020

Cómo citar

Aires de Sousa, S. . (2020). Um direito penal desafiado pelo desenvolvimento tecnológico: alguns exemplos a partir das neurociências e da inteligência artificial. Revista Da Defensoria Pública Da União, (14), 21-37. https://doi.org/10.46901/revistadadpu.i14.p21-37

Número

Sección

ACESSO À JUSTIÇA E NOVAS TECNOLOGIAS